quarta-feira, 22 de junho de 2011

QUANDO O BOLSO APERTA...


Hoje em dia é comum encontrarmos pessoas vivendo dentro de uma situação financeira complicada, especialmente, porque muitas vezes, não conseguem viver dentro dos limites de seu orçamento doméstico.
A falta de dinheiro, aliada a uma má organização financeira, pode acabar nos gerando sérios problemas de saúde – como o estresse, a depressão, o desespero, a preocupação excessiva, a angustia, etc.

Saúde é ter equilíbrio físico, mental e espiritual.
Quando uma pessoa entra em processo de desequilíbrio financeiro, em pouco tempo a angústia provocada por esta situação, refletira no corpo, e a doença será uma forma de linguagem desta situação tão aflitiva.

Recordo-me que há muitos anos atrás, quando me sentia triste , um pouco deprimida ou, desiludida da vida, saia para dar uma volta – “arejar a cabeça,” segundo a gíria popular.
Por um impulso momentâneo, acabava sempre dirigindo-me a um shopping, para relaxar, olhar as vitrines e passear.

Dificilmente, eu saia do Shopping de mãos abanando; quase sempre ao sair dele, carregava comigo uma sacola com as coisas que enchessem meus olhos e, alem de tudo, me deixasse mais alegre; geralmente, era uma blusa, um sapato, ou ainda, um brinco novo.
Lembro-me que aquele era um momento muito especial, pois num estalar de dedos, todos os meus sintomas de tristeza, depressão, desilusão, acabavam sumindo como num passe de mágica.

Este pensamento combina com um artigo que li recentemente, de “Ricardo Pereira - blog: Consumidor Consciente”; ele nos relata o seguinte:
“Gastar, muitas vezes, funciona como uma tentativa de fuga dos nossos problemas emocionais, ou como uma porta para um mundo novo, de conquistas e valorização pessoal – um mundo que, quase sempre, não cabe dentro do nosso bolso (orçamento).

De fato, comprar faz bem para o ego, sentimos que nossa auto-estima se eleva, nosso humor melhora, enfim, a nossa auto-afirmação se evidencia, como uma maneira de enfatizar ou ressaltar a nossa autoridade ou personalidade. Mas no fundo, acabamos percebendo que todo este momento eufórico, acaba retornando a sua origem, geralmente, deixando-nos uma sensação de vazio, muito maior do que antes.

As crises são uma constante na vida de todos, são momentos cíclicos e,
cada um deles representa uma possibilidade de aprendizado, fundamental, para o crescimento pessoal e profissional de cada pessoa.

Toda a nossa compreensão em relação a situações que criamos para nós mesmos depende destes ciclos, já que são eles que nos fornecem os meios para aprender, crescer, amadurecer, tirando valiosas lições para nosso crescimento pessoal.
Quando não há aprendizado, há e uma tendência natural da vida em repetirmos as mesmas lições, até de fato compreendermos, que tipo de atitude devemos modificar.

Algumas vezes, podemos encontrar pessoas que nos dizem: ‘tudo o que construí não deu certo, estou sem dinheiro para pagar minhas contas, os clientes sumiram... ’
Quando tudo o que construímos, de repente, acaba “desandando”, é importante que, paremos e procuremos fazer uma avaliação, do que poderíamos estar fazendo, para ocasionar aquele tipo de situação em nossa vida.
É importante que nos perguntemos:

- Será que estou gastando mais do que posso? Faço compras por impulso?
- Procuro ter uma reserva financeira  poupança, previdência privada, etc., que vise à garantia de meu futuro?
- Estou constantemente, estourando o meu limite de cheque especial, ou extrapolando o cartão de crédito?

Não sou nenhuma especialista em economia, ou uma “expert” em finanças, porem, acredito que todos nós, já passamos na vida, por algum tipo de “aperto” financeiro. As situações podem ser as mais variadas possíveis: podemos ficar sem dinheiro na metade do mês, acabamos extrapolando o cartão de credito, não tendo condições de pagar o valor total, o nosso cheque especial, passou do limite, etc.

É importante que tenhamos consciência da linha tênue que nos separa do consumismo exarcebado – este não deixa de ser um grande desafio diário, aonde podemos estar exercendo de forma sincera e honesta nossas prioridades, especialmente, quando o assunto é finanças.
Quem concilia bem estar, objetivos plausíveis e planejamento financeiro, com certeza, terá uma vida mais plena e feliz.

Lembremos da frase de Roberto Shinyashiki, do livro: “Você, a alma do negocio” que nos diz:

“Enquanto estiver lutando, sempre haverá uma oportunidade de virar o jogo.
O fracasso só surge para aqueles que desistem.
“No momento da desistência é que a partida realmente termina”.

sábado, 18 de junho de 2011

PACIÊNCIA REQUER PACIÊNCIA...


A PACIENCIA é uma das maiores virtudes que todo ser humano deseja conquistar para sua vida.
É uma virtude de aprendermos a manter nosso controle emocional, em varias situações, sem perdermos a calma.
Consiste basicamente da tolerância e da aceitação, perante erros ou fatos indesejados.
É a capacidade que temos de suportar incômodos e dificuldades que possam surgir no nosso dia a dia, através das varias situações que se apresentam.

Só que como tudo na vida, a paciência, tambem tem o seu processo de maturação, necessitando do nosso esforço e empenho diário, saindo do nosso total estado de inconsciência, para um estado mais perceptivo e consciente, aonde; possamos estar praticando de forma mais assídua, o nosso processo interno de auto-observação e, consequentemente, efetuando nossas mudanças internas.

A paciência, como as demais virtudes, não vem pela graça divina, nem se adquire nas lojas da vida, é conquista interna de cada um, num esforço continuo e perseverante, aproveitando, nas situações do nosso próprio viver, as lições de autodomínio.

O momento em que despertei para minha impaciência , foi através das experiências do trânsito; geralmente , turbulento , competitivo e estressante, para a grande maioria das pessoas.
Na maioria das vezes, quando saia de carro para fazer alguma coisa, ficava ansiosa, tensa, sentindo a pressão da competitividade, hoje ainda tão exarcebada, por grande numero de motoristas, que não raro, necessitam da auto-afirmação, para sentirem-se importantes...

Chegou a haver um tempo que a minha “loucura” no transito , chegou a tal nível, que eu não admitia que ninguém me ultrapassasse, sentindo um impeto, muito grande de ultrapassar os carros que iam na minha frente.
Com o tempo, e os aborrecimentos que eu sentia, ao me dar conta, da extrema competiividade que teimava em surgir nos momentos de direção, começou a emergir de dentro de mim , um novo tipo de consciencia, até entao, nao percebida - aquela poderia não ser uma caracteristica minha, já que, sempre que surgia este tipo de situação, eu acabava direcionando o pensamento para meu pai, recordando que, eu agia exatamente como ele, no passado.

Tomando consciencia de tudo isto, iniciei meu processo de relembrar os fatos do passado, que poderiam estar me levando, a repetir comportamentos, tao semelhantes como as do meu pai.
Foi então que, mentalmente, surgiu a cena de todo o acontecimento que , no presente estava se repetindo comigo.

Lembro que estávamos indo para a praia, passar um final de semana e, meu pai dirigia "loucamente" , não admitindo que ninguém o ultrapassasse, como tambem, tentava desesperadamente, passar por todos que estavam na sua frente, de certa forma, atrapalhando o seu caminho...
Recordei, por um momento, do pavor e do medo que sentiamos (eu e meus irmaos menores), fazendo com que, nos escondessemos no chão do carro, atras do banco do motorista...

Foi a partir desta lembrança e, posterior conscientização, de que de fato este comportamento não era meu, e sim , algo assimilado e moldado , atraves de um passado distante , pude dar inicio ao meu processo interno de ser mais paciente e tolerante no transito, exercendo de fato e de direito , a plena posse de mim mesma...

A paciência se desenvolve especialmente, no exercício da TOLERANCIA, da justiça que busca ser justa com o próximo sem exigir reciprocidade.
Desenvolve-se tambem no exercício da renuncia das pequenas coisas que nos aborrecem, principalmente, dentro dos nossos relacionamentos afetivos, que nos oferecem as melhores oportunidades de aprendizados.

Sabe o que tenho aprendido a cada dia?

Que a paciência é a virtude de quem já se convenceu de que tudo nesta vida acaba passando.
Que a tolerancia e a aceitação, é o segredo de levarmos uma vida plena e feliz.

É termos a certeza que quando entregamos qualquer coisa para o Universo, ele retribui nos propiciando, a resposta certa no momento certo.
Alem disso, aprendo que cada dia tem o seu dia, o futuro , ou, passado já não me pertencem e, portando, tenho que apenas viver o meu momento presente, procurando , atraves das experiencias do passado, tirar lições preciosas para melhorar a cada dia..

Que possamos, pois, nos esforçarmos para desenvolver dentro de nós, sem exigir dos outros, a paciência de escutar, de falar, de confiar, saber esperar, de ensinar, de aprender, de tolerarmos os defeitos alheios, de aceitar os males que não podemos evitar, trabalhando pelo nosso progresso espiritual, e consequentemente dos que convivem conosco.

Lembrando uma frase do pintor LEONARDO DA VINCI:

“ A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas, conforme o inverno aumenta tal frio não poderá nos afetar.
De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação as grandes ofensas: tais injurias não poderão afetar nossa mente”.

sábado, 11 de junho de 2011

TODA RUPTURA SUGERE UM NOVO COMEÇO..


Toda dor, oriunda do final de um relacionamento conturbado , acaba nos desestruturando emocionalmente, independente de como tenha sido a relação.
Num primeiro momento, podemos achar que aquela foi a melhor decisão que tomamos, que a vida ira surgir esplendorosa, com inúmeras oportunidades e, quem sabe, até um novo amor. Sonhar é bom, mas quando a ilusão nos contamina , o tombo pode ser bem maior do que imaginamos.

Na verdade, toda ruptura, todo fim , precede um novo começo que, dependendo de nós, poderá ser positivo ou negativo, relacionado aos aprendizados que possamos estar tirando de tudo o que nos acontece.
No fundo, não deixa de ser uma grande oportunidade, de irmos ao encontro de nós mesmos, quem sabe, resgatando de fato, nossa verdadeira identidade.

Muitas pessoas, terminam um relacionamento, sem este tempo a ser vivenciado e experenciado, e por isso podem estar correndo o risco de lá na frente, se depararem com o mesmo tipo de companheiro (a), com as mesmas características do anterior, que acabaram ocasionando o tal rompimento.
As situações mudam , ou seja, mudam os atores, os figurinos, o enredo, mas as circunstancias serão as mesmas, podendo ocorrer um novo rompimento.

Quando não aprendemos a lição de casa, especialmente, quando passamos por um relacionamento conturbado, podemos ficar constantemente repetindo as mesmas lições, até de fato, aprendermos o que tivermos que aprender.

“Roberto Shinyashiki” autor de vários livros de auto-ajuda e palestras motivacionais , num de seus livros, menciona o seguinte:
“ Se você não aprender com a dificuldade, vai repeti-la ao infinito” .
“Nunca odeie quem te trás o problema. Ele é somente o Professor.
Resolva a dificuldade e agradeça a essa pessoa pela oportunidade de evoluir”.

Quando tomamos a decisão de sair de uma relação insatisfatória, estamos dizendo para nos mesmos, que não nos contentarmos com aquela situação. Isto é o maior sinal de que estamos voltando a nos amar, valorizando e, acima de tudo, nos respeitando. Afinal, se não deu certo com alguém, temos o direito e o dever,de dar uma nova oportunidade, não somente a nós mesmos, como ao outro.

O mesmo vale para quem se deixa ficar em depressão, querer morrer, ou sair fugindo da relação, sem assumir a responsabilidade por tudo aquilo que um dia se acreditou. Nada disso irá ajudar no seu processo de reconstrução.

Reconstruir não significa querer viver tudo àquilo de novo, ainda que seja com a mesma pessoa ou com outra, é muito mais aprender com a experiência passada, refletir sobre os erros, acertos e viver muito mais consciente do que se deseja e espera de um relacionamento.
É se permitir unir-se a alguém só depois de ter encontrado a si mesmo.
Este é o grande segredo para vivermos bons e sadios relacionamentos.

Em qualquer situação de dor ou sofrimento, lembremos da famosa citação de nosso querido irmão CHICO XAVIER, pelo Espírito de Emmanuel “ TUDO PASSARÁ”...
“ Todas as coisas, na Terra passam - – Os dias de dificuldade, passarão – Passarão tambem os dias de amargura e solidão... As dores e as lágrimas passarão – As frustrações que nos fazem chorar, um dia passarão – A saudade do ser querido que esta longe passará – Dias de tristeza... dias de felicidade..
...São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.
Elevemos nosso pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa, a nos dizer carinhosamente: ISSO TAMBEM PASSARÁ...
E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre...” (Emannuel).