ABRINDO
AS PORTAS PARA 2019
Fim de
ano se aproximando e, juntamente com ele nossos sonhos acalentados durante o ano,
desfilam em nossas mentes, trazendo-nos a perspectiva de que os mesmos possam
vir a se concretizar. Neste terreno nebuloso das ilusões, acabamos criando expectativas vãs que, inevitavelmente, poderão vir a nos decepcionar.
Ha uma frase que de Bert Hellinger que diz: "A vida não te dá o que você quer, mas o que você
precisa para evoluir”. Diante deste pensamento ,
reconhecemos que somos seres itinerantes na trajetória da vida e, todos estamos
aqui com um único objetivo: aprender e evoluir.
Vivemos
num mundo, onde a dor e o sofrimento ainda fazem parte da vida de inúmeras pessoas
e, obviamente, para a maioria, ainda é muito difícil compreender que temos aí, na
adversidade, uma rara oportunidade, para nosso crescimento interior, desvendando
através do nosso Eu Interno as forças poderosas que ainda jazem adormecidas
dentro de nós.
Acredito
que todos temos lembranças de fatos importantes ocorridos durante o ano e,
acredito ser de suma importância que, ao invés de desejarmos coisas materiais
que terminam por ser temporárias
e impermanentes, possamos fazer uma profunda reflexão de como foi nosso ano, prescrutando
nossa Alma, indo além do palpável, descobrindo que, mesmo diante da
complexidade da dor, sempre podemos aprender algo sobre ela ou sobre nós próprios.
Pessoalmente
para mim, o segundo semestre do ano foi um pouco tumultuado, em detrimento de
um câncer com metástase que, inesperadamente, surgiu no meu caminho, diante de
um exame de rotina.
Diante do inevitável nossa primeira
reação é a de perplexidade pois, custamos a crer que de fato aquilo está
ocorrendo conosco.
Todos
estes desequilíbrios acabam gerando uma série de pensamentos e emoções em
desalinho, relacionados ao medo da morte, a ansiedade, a raiva, a revolta (por
que comigo?), a autocomiseração e, finalmente, a baixa autoestima.
Aprender
a lidar com este tipo de situação, num primeiro momento, não foi tarefa das
mais fáceis.
Resgatar
meu controle emocional, até então visivelmente desequilibrado diante
do inusitado, foi o primeiro passo, para que eu pudesse de fato me situar,
tomando posse de mim mesma, avaliando de forma bastante distanciada e
consciente, os estragos que, afinal deveriam ser consertados.
É
engraçado que num momento como este, por mais que tenhamos nos preparado,
diante de uma Filosofia de vida espiritualizada, tendo consciência de que a
morte é uma mera passagem, no fundo, não estamos preparados para deixa-la para
trás.
Um dos
grandes aprendizados para quem passa por um processo de doença física e saber e
compreender que, independente do caminho a ser trilhado, sempre temos a nossa
disposição uma gama infinita de opções, diante do exercício do nosso livre
arbítrio.
Uma
destas escolhas pode ser nos revoltarmos, nos rebelarmos ou indignarmos diante
da vida e de Deus, vivenciando um processo de auto vitimização, ou ainda, nos reerguermos
acreditando que temos o poder de lidar com as adversidades, acreditando num
poder maior que habita dentro de nós; poder este que nos capacita a acreditar
que tudo podemos, diante da Fé e da certeza de que nunca estaremos sozinhos.
A
serenidade será sempre nossa melhor aliada nos momentos de turbulência.
O processo
de autotransformação nos possibilita irmos ao encontro de nossa melhora intima
a cada dia, propiciando o desapego das coisas, dos bens materiais e das pessoas,
à medida que vamos deixando de querer controlar a vida, as pessoas, as
situações que nos cercam.
O que importa é ser FELIZ!
Concluo
o último artigo do ano de 2018, com a frase de nosso querido Hellinger:
“ A vida te acorda, te poda, te quebra, te
desaponta... mas creia isso é para que o seu melhor se manifeste. Até que só o
AMOR permaneça em ti.
TODOS
OS DIAS ESTOU CADA VEZ MELHOR, ME FORTALEÇO NA PAZ, NA SERENIDADE, NO AMOR DE CRISTO!
FELIZ 2019 A TODOS.